Ao longo dos anos tinha-se
habituado a visitá-los. A doença mental da tia obrigava o tio a ficar em casa,
preso aos medos da mulher. Idosos, mas apaixonados como dois adolescentes,
passavam os dias entre quatro paredes. Ela centrada em si própria e ele à
espera de uma visita que o ajudasse a passar os dias.
Até que um AVC levou-o à
demência. Onde estava o tio contador de histórias? Uma lágrima, triste gota,
correu-lhe pelo rosto…
Margarida Leite, 44 anos, Cucujães
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