Nada. Não quero ouvir os gritos. Ela grita. Ele grita. Já não os vejo e
ainda ouço as vozes. Quero ficar aqui, quieto, sem falar. Não quero pensar. Não
quero ouvir. Não quero falar. Não quero nada. Só quero fingir que ela não se
livrou de mim. Que ela não me deixou só. Que não me deixou aqui. Nada. Não
quero nada. Não sinto nada. Dói tanto que já não sinto... A minha mãe fugiu.
Estou só.
Cláudia
Sebastião, 34 anos, Lisboa
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