Sempre
que uma notícia importante se fazia anunciar, eu chegava tarde.
Ficava
sempre do outro lado da fronteira, ali onde nada acontece.
Porque
não podia enfrentar a realidade, ficava sempre apenas por ali.
Cheia
de raiva, exclamava sempre o que me ia na alma.
Ligava
o motor do pequeno Triumph e seguia sempre à distância.
E
sempre que me perguntava porquê, não achava a resposta certa.
Contudo,
fingia-me sempre perfeita, mostrando o meu orgulhoso como uma obra-prima.
Quita Miguel, 54 anos, Cascais
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