A tarde estava cinzenta.
Também cinzenta estava a
alma de Clara. E Clara era uma mulher forte, mas
desiludida com a vida.
A vida nas ruas vendendo sexo, sem conhecer o amor. E era amor que ela
queria desde criança.
Mas a criança que Clara foi
só conheceu pobreza e fome. Fome de
alimento, de carinho de um pai e de uma mãe.
Torna-se mãe e tem medo. Medo de apenas conseguir dar o que teve – cinzento.
Joana Marmelo, 50 anos, Cáceres, Espanha
Desafio nº 63 – fim de cada frase é igual ao início da próxima…
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