07/05/15

Eu, eu!

Aquele não era um dragão qualquer… Imaginem, imaginem só, um dragão anão que cuspia fogo da sua tromba – sim, sim, era mesmo uma tromba, como a de um elefante comum –  e com a qual cheirava os lírios do campo… Oh, mas nesse dia tudo era diferente, uma tosse seca irritante impedia-o de colher e sentir o odor de um lírio que o olhava suplicante. “Eu, eu – disse o agrafador –, eu agrafo a flor às tuas narinas”.


Elisabete Bernardo, 47 anos, Santo António dos Cavaleiros
Desafio nº 89 – hist c tosse+lírio+elefante+agrafador

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